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Apareceu a Margarida


Texto: Roberto Athayde

Direção: João Lima

Elenco: Arce Correia SP Escola de Teatro | 13/11/16 | 16:30

Pensar sobre os tempos de produção, um texto da década de 70 com forte cunho social e preocupado em debater um dos temas mais importantes do período, em específico, a ditadura militar e a sua obediência.

A professora Margarida, mantém dentro da sala um clima de tensão, de necessidade de prestar atenção e de rigor, que nenhum dos espectadores consegue largar os olhos da cena, ainda que a repreensão seja tão forte que fica claro que somos todos fracos demais para sairmos dessa tal condição de alunos, sem luz.

Independente de termos ou não pedido para nascer, sobre o aspecto claro de que ele está sim à procura de um de nós, o qual, recorrentes vezes ele teima em procurar, Jesus, Messias, o tal do espírito santo.

O texto, a encenação localiza cada um, como seres completamente incapazes de pensarmos por pensar por nós mesmos, e que quem sabe até mesmo as palavras que utilizamos são nada mais do que repetições de tantas outras que existiram e por isso com uma incapacidade real de produção de algo novo.

Em determinado ponto somos convocados a cantar o hino à educação a ponto de compreender que esse ciclo vicioso, consiste sim em repetir uma situação quase inevitável, aprender para ensinar e vice-versa. O que se pode ensinar para o Messias?

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