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Elena


Texto e elenco: Alex Vieira

Direção: Rafael Ferreira

intercâmbio Unirio

SP Escola de Teatro |14/11/16 | 21h

O mito de Helena de Troia fala sobre a mulher considerada a mais bela do mundo; raptada logo cedo; motivo de trégua entre heróis; também motivo de morte e guerra; título de eras ideais. Pouco se lembra de uma influência ativa, não passiva, de Helena nos conflitos. Sua qualidade e pecado? Ser como era.

Helena, junto àqueles que a bajulavam, deveria ser uma figura solitária, e, portanto, que há uma face escura não levada em conta em sua essência: qual é o grito da mulher que ouve que ser bela é tudo que há para ser?

Mas a Elena que inspira a cena de Alex Vieira é a do filme de Petra Costa; Elena que lida com as frustrações da solidão quando parte atrás de seu sonho de ser atriz de cinema. Ser atriz de cinema toca no assunto da diva das telas, dos sonhos, das estampas. Atriz de cinema deve ter Helena.

Elenas. Que solidão enfrenta em universos de Helenas? Qual a solidão de Elena entre outras Helenas? Será o sonho da atriz (e do ator em cena crua) um destino fadado às frustrações da solidão das que precisam ser além delas mesmas?

Sem uma frase pontuada sobre o que é apresentado, deixo de propósito (mas sem maldade) o ator sozinho em palco, com a opção de levar ou não em conta o que devolvo em palavras: mais perguntas, a partir do que me foi estimulado.

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