MATELUNA
direção: Guillermo Calderón
Como na vida, a tentativa de retomar algo precioso converteu-se na destruição do objeto valioso. A terceira-morte-não-intencional-de -Mateluna dá-se, mais uma vez, como elaboração cega do que este significa, é e produziu enquanto discurso. Com a tentativa de inocentar aquele que conscientemente há anos declarou-se inimigo do Estado e aliado do povo, temos em cena um panorama burguês, católico e mainstream. Se o primeiro passo de um guerrilheiro é justamente a negação de um Estado Justo, como poderíamos agora cobrar estes valores em nome de Mateluna? Um intento assim inocente só poderia mesmo resultar em uma teatro alienado quanto as ideologias ao seu redor e na negação autoritária da alteridade do protagonista. Baader Meinhoff
(MARCIO TITO)
foto Fundacíon Teatro a Mil/Felipe Fredes